quinta-feira, 17 de novembro de 2011

a unificação Italiana

Unificação Italiana
O Congresso de Viena (1814-1815) determinou que os atuais territórios da Itália e da Alemanha fossem divididos em diversos estados dominados por estrangeiros. Os povos desses territórios não aceitaram a divisão feita por Viena e promoveram, então, movimentos racionalistas visando transformar suas nações em estados nacionais independentes.

Onde hoje é a Itália foi dividida em pequenos estados por ordem de Viena, são eles:
• Reino Sardo-Piemontês: governado por uma dinastia italiana. Era autônomo e soberano;
• Reino Lombardo-Veneziano: governado pela Áustria;
• Ducados de Parma, Módena e Toscana: governados por duques subservientes à Áustria;
• Estados Pontifícios: governados pelo papa;
• Reino das Duas Sicílias: governado pela dinastia de Bourbon.

A primeira luta do movimento para unificar a Itália só teve início depois da decisão do Congresso de Viena que transformava a atual Itália. As primeiras tentativas de libertação do território italiano foi uma organização revolucionária chamada de Jovem Itália liderada por Giuseppe Mazzini, republicano que junto com a jovem Itália defendia a independência e a transformação da Itália numa república democrática.

Em 1848, os seguidores de Mazzini promoveram outra manifestação contra a dominação austríaca em territórios italianos, mas foram vencidos pelo poderoso exército austríaco. Apesar da derrota, o ideal nacionalista permanecer forte e a partir dessa época, a luta pela unificação passou a ser liderada pelo Reino Sardol-Piemontês. Cavour, um dos líderes do Risorgimento (movimento que pretendia fazer a Itália reviver seus tempos de glória), representava todos os que desejavam a unificação. Para alcançar tal objetivo, Cavour teve o apoio da burguesia e dos proprietários rurais e colocou em prática um plano de modernização da economia e do exército do Piemonte. Aproximou-se da França e conseguiu ajuda militar para enfrentar a Áustria.
Com a ajuda da França, o exército de Cavour obteve expressivas vitóriase a Áustria, derrotada, foi forçada a entregar o reino. Quase em mesmo tempo, o revolucionário Giuseppe Garibaldi atacou o Reino das Duas Sicílias e criou condições para sua libertação do domínio estrangeiro. Decidiram então por intermédio de um plebiscito ser governados também pelo rei do Reino Sardo-Piemontês Victor Emanuel II.
Com a maior parte do atual território italiano, em 1861 Victor Emanuel II foi proclamado rei da Itália, mas, para que a unidade fosse completada era necessário conquistar Veneza e Roma. Veneza foi incorporada no ano de 1866 e Roma em 1870 onde passou a ser capital do país no ano seguinte.
O papa Pio IX, não aceitou a perda dos domínios territoriais da Igreja e rompeu relações com o governo italiano, considerou-se prisioneiro e fechou-se no Vaticano. Assim nasceu a Questão Romana que só foi resolvida em 1929 quando doi assinado o Tratado de Latrão. Por esse acordo, foi criado o Estado do Vaticano dirigido pela Igreja Católica.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Guerra Franco-Prussiana

O chanceler prussiano Otto Von Bismarck e seus generais estavam                                                                                        exército francês. Sabia também que, se fosse atacado pelos franceses, teria o apoio dos estados alemães do Sul e, derrotando a França, já não haveria nenhum obstáculo a seu projeto de unificar a Alemanha. Por outro lado, os conselheiros de Napoleão III asseguraram-lhe que o exército francês era capaz de derrotar os prussianos, o que restauraria a declinante popularidade do imperador, perdida em consequência das inúmeras derrotas diplomáticas sofridas.
Ele também sabia da superioridade de seu poderio militar sobre o exército francês. Todavia antes do conflito começar, Napoleão III temendo a expansão prussiana, protestou e exigiu do rei da Prússia a renúncia do príncipe Leopoldo, que desistiu de disputar o trono espanhol.
Napoleão III, ainda não satisfeito, e para agradar à opinião pública francesa, exigiu novas garantias de que jamais um membro de sua família ocuparia o trono espanhol. Apesar de Guilherme I aceitar todas as condições impostas pelo imperador francês, este último insistia que o rei deveria dar estas garantias e negociar pessoalmente com o embaixador Benedetti da França. O rei prussiano, que anteriormente atendera a todas as reivindicações de Napoleão III, refutou ter que negociar e dar novas garantias ao embaixador francês. Em Paris, a atitude do rei prussiano foi tida como uma ofensa ao orgulho nacional da França e ao povo francês.
Finalmente, França e Prússia entraram em guerra em 1870. A guerra em si foi provocada por Bismarck, que habilmente insultou a França e alterou uma indiscutível mensagem de seu rei (o telegrama de Ems - telegrama que Napoleão III enviou ao rei Guilherme I da Prússia)[1], que buscava justamente dar fim à crise.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

                                           O processo de unificação da Itália

Após o Congresso de Viena a Itália ficou dividida em sete Estados, todos sob o poder do Império Austríaco.

Surgiram na Itália diversas correntes com ideais de unificação. E foi em torno de Piemonte que a unificação criou forças. O conde Camilo Benso de Cavour, ministro de Piemonte, enviou tropas italianas à Guerra da Criméia, a fim de conseguir um aliado forte que pudesse ajudar na expulsão dos austríacos da Itália.

Com a participação no conflito, Cavour recebeu o direito de participar do Congresso de Paris, onde foi discutida a questão da unificação.
Napoleão III, rei da França, apóia Piemonte na luta contra a Áustria.

Aproveitando o apoio militar e político dos Estados vizinhos e de Napoleão III, em 1859 Cavour iniciou uma guerra contra a Áustria, e Piemonte recebeu a Lombardia.

Napoleão, amedrontado com a mobilização da Prússia, retirou seu apoio ao movimento de unificação, e através do Tratado de Zurich firmou a paz com a Áustria. Este mesmo tratado também estabelecia a formação de uma Confederação dos Estados Italianos, comandada pelo papa Pio IX, e isso ameaçava os planos de unificação de Cavour e do Piemonte.

As manifestações de 1859 causaram uma repercussão na Itália Central, insurgidos, os Estados pertencentes ao papa: Toscana, Parma, Módena e Romanha uniram-se ao Piemonte. Para isso, Piemonte contou novamente com o apoio de Napoleão III.

Em 1860, o republicano Giuseppe Garibaldi liderava os “camisas vermelhas”, um exército de voluntários que unificou o sul da Itália e a Sicília.

Na Itália Central, o Estado do papa, o único que ainda não havia sido integrado, foi invadido pelas tropas do Piemonte. Mesmo sendo contrário à instalação de uma monarquia na Itália, Garibaldi, que era um republicano, decidiu afastar-se para não atrapalhar o processo de unificação.

Em 1861, ano em que Cavour morreu, Vitor Emanuel II declarou-se rei da Itália. Nesta época, o Piemonte já dominava quase toda a Itália, para que a unificação se ficasse completa faltava conquistar Veneza, que estava sob a tutela dos austríacos, e o Estado papal, dominado pelo papa Pio IX.
Com a guerra entre a Áustria e a Prússia (Guerra das Sete Semanas), Veneza foi conquistada.

No entanto, Piemonte encontrou maior resistência na conquista dos Estados papais. O papa recusava-se a entregar seus Estados e a perder Roma para os unificadores.

Napoleão III, diante do catolicismo do povo francês, ofereceu proteção ao papa, mantendo uma guarnição em Roma. Portanto, a invasão de Roma provocaria uma guerra com a França.

Somente em 1870, com a Guerra Franco-Prussiana, os franceses deixaram a Itália para enfrentar os alemães, e os italianos aproveitaram esta oportunidade para invadir Roma, que definitivamente foi conquistada. 

                                   Processo de unificação da Alemanha

Com o Congresso de Viena formou-se a Confederação Germânica, dividida em 39 Estados independentes, sendo a Áustria e a Prússia os Estados mais influentes, mas entre ambos havia uma considerável divergência: a Áustria não aceitava a idéia da unificação da Alemanha, já a Prússia acreditava que com a unificação a Alemanha poderia progredir o seu desenvolvimento.

Com isso, a Áustria foi excluída do zollverein, um acordo aduaneiro que liberava a circulação de mercadoria nos territórios-membros.

Em 1862, Otto Von Bismark foi nomeado como o primeiro-ministro do rei da Prússia, sendo o ele o principal nome da unificação alemã. Totalmente dedicado a esta causa, Bismark organizou a Prússia militarmente, pois sabia que enfrentaria um conflito com o seu principal adversário: a Áustria.

Bismark estabeleceu uma política de aliança entre a alta burguesia e os junkers, uma elite aristocrática, que mantinham o exército militar.

Em 1863, a Dinamarca detinha o poder dos ducados do Schleswig, Holstein e Lanemburgo, cujas populações eram predominantes alemãs. Após a morte do rei Cristiano IX, os príncipes alemães dos ducados decidiram decretar a independência desses territórios.

Eclodiu a Guerra dos Ducados, na qual a Prússia apoiava os príncipes germânicos; mas a Dinamarca, apoiada pela Áustria, venceu a guerra em 1864. Daí surgiu um novo atrito entre Áustria e Prússia, chamado Guerra das Sete Semanas, na qual a Áustria foi vencida pelos prussianos.

A Áustria assinou o Tratado de Praga, que previa o fim da Confederação Germânica, e a passagem dos ducados para a Prússia.

Sendo assim, a influência dos austríacos foi reduzida, abrindo caminhos para a centralização da Alemanha.

Em 1867, os Estados germânicos se aliaram à Prússia na Confederação Germânica do Norte. No entanto, o processo de unificação encontrou resistência por parte dos Estados do sul, pois ainda eram muito apegados à soberania local. Então, Bismarck decidiu provocar uma guerra para estimular todos alemães ao nacionalismo, unificando definitivamente toda a Alemanha.

O alvo desta grande guerra foi a França, pois era um país assumidamente contra a unificação da Alemanha. Com isso, surgiu a Guerra Franco-Prussiana (1870), na qual a Alemanha contou com o apoio dos Estados do sul, e terminou com a derrota da França. Assim, a Alemanha teve a sua unificação completa.